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modo como trata os seus animais, eu quero fazer parte dessa metade que quer
evoluir, contra a outra metade que não deixa."

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domingo, 21 de março de 2010

Alimentação do cão adulto



A boa saúde do cão está directamente relacionada com uma boa alimentação. Isto é realmente um lugar comum, mas nem sempre este aspecto é tomado em consideração, seja por ignorância ou por desleixo do dono.

Alimentar bem o cão é fornecer-lhe os nutrientes necessários e de forma equilibrada, os quais se encontram numa boa ração sem ser necessário recorrer a outras fontes ou complementos.

No ser humano a alimentação será tanto mais rica e completa quanto mais variada ela for. No regime alimentar do cão a situação é completamente diferente, porque o seu organismo não aceita facilmente essas variações.

Aliás, adoptado um tipo de ração, esta deve manter-se sempre. Se por qualquer motivo houver necessidade de mudar de ração, não se deve passar de uma para a outra bruscamente, mas ir misturando gradualmente uma na outra. Com este cuidado evita-se que o cão venha a sofrer de distúrbios digestivos.

A ração é um alimento completo, constituindo assim a solução ideal por possuir todos os ingredientes necessários sem ser preciso adicionar-lhe outros produtos. Só em casos especiais, e apenas por prescrição do médico veterinário, a ração deverá conter aditivos (cálcio, vitaminas, etc.).

Rações

Onde se encontra uma boa ração?


Dada a enorme variedade de marcas e de produtos dentro da mesma marca, não é fácil proceder à escolha. De facto, se na produção de alimentos para os próprios seres humanos se fabricam artigos de qualidade muito duvidosa, é de pôr em dúvida o fabrico de alimentos para os animais, pois estes não têm o poder de crítica e de escolha como por princípio têm as pessoas.

Fabricar uma ração que seja do agrado do cão não deve ser difícil. Mais problemático será produzir um alimento que lhe agrade e que simultâneamente possua todos os ingredientes necessários para uma alimentação completa e ainda que não lhe cause quaisquer distúrbios digestivos e outros. Ora isto paga-se caro.

Rações de qualidade, normalmente, encontram-se à venda nas próprias clínicas veterinárias ou em boas lojas especializadas (Não se entende por lojas especializadas os sectores de venda das grandes superfícies ou mesmo algumas lojas de animais).

Embora o veterinário seja o representante ou vendedor de algumas marcas de ração, temos que lhe dar o benefício da dúvida. Ele melhor do que ninguém indicará a ração adequada para o cão.

As rações que aqui estão a ser referidas são as secas, apresentadas sob a forma de granulado. Há rações húmidas, enlatadas, que são mais apetitosas para o cão, mas cuja conservação não é tão fácil.

Hábitos e vícios

Se o cão não for habituado de pequeno à ração, logo quando deixa de alimentar-se do leito materno e inicia a sua alimentação com produtos sólidos, dificilmente mais tarde aceitará comer apenas ração. O cão prefere SEMPRE a nossa comida ou outra parecida.

As vantagens da alimentação feita exclusivamente com uma boa ração já foram atrás referidas. Não foi salientado um aspecto que é o da comodidade. Dar apenas ração ao cão é prático e é seguro.

Acontece, porém, que a maioria das pessoas não consegue administrar este regime alimentar com esta rigidez e cede facilmente aos caprichos do cão. Depois é tarde.

Assim, não vale a pena fazer de conta que esta situação é rara ou não existe mesmo e valerá a pena dar algumas indicações sobre tipos de alimentos que eles não devem ou podem comer sem problemas.

Sim, de facto pode tornar-se a alimentação deles mais agradável e apetitosa, sem contudo isso constituir um factor importante ou necessário para a sua nutrição.

O que eles não devem comer

Não devem comer a nossa comida, quer sejam restos ou mesmo os alimentos cozinhados para as pessoas. Por vários motivos:

A nossa comida normalmente tem uma quantidade de sal excessivo que é prejudicial à saúde das próprias pessoas e igualmente aos animais.

Os temperos usados na culinária (especiarias) são úteis apenas para os humanos, porque tormam a alimentação mais agradável e, usados moderadamente, estimulam o apetite e a digestão. Mas são prejudiciais para o cão.

Dar da nossa comida ao cão é obrigá-lo a um regime alimentar variado, que não é aconselhável como já foi referido.

Alimentos absolutamente contra-indicados: chocolate, todos os produtos que contenham açúcar (bolachas, etc.), enchidos, salgados, conservas, batata, pão, leguminosas (feijão, grão, ervilhas, etc.)
Também não devem comer a ração própria para cachorros e para gatos, por possuirem doses elevadas de proteinas e outros ingredientes desaconselhados.

Alimentos contra-indicados mas dados muito moderadamente e apenas como guloseima: queijo, fiambre. (Tanto um como o outro são muito gordos e muito salgados, principalmente o queijo).

O que eles podem comer: carne cozida, peixe cozido, ossos cozidos, arroz, massa, cenoura, fruta. O requeijão ou queijo fresco podem ser dados moderadamente.

Receita

Deste último grupo convém optar apenas por um tipo de carne, por exemplo carne de bovino. Coze-se sem sal e adiciona-se-lhe massa ou arroz com uma cenoura ralada. No recipiente (onde o cão come) deita-se em quantidades iguais uma parte de ração e outra de massa com carne cortada aos bocadinhos, misturando-se bem. Normalmente o cão escolhe primeiro a massa e a carne e só depois vai à ração. Por isso a quantidade deve ser bem calculada. Se for em demasia ele já não come a ração e isto não deve acontecer, porque perde exactamente a parte do alimento que é completo.

Este esquema alimentar não é rígido e cada pessoa adoptará o que melhor se coadunar com os seus hábitos.

Em vez da massa (ou arroz) e carne, pode misturar-se ração húmida (enlatada).

Regime alimentar

O cão adulto, por norma, faz duas refeições por dia, sendo a da noite a mais substancial. Ou apenas uma ao fim do dia. O regime a estabelecer depende dos hábitos das pessoas e dos hábitos criados no próprio cão.

Um princípio a ter em conta é o de não forçar ou aliciar o cão a comer. Tal como as pessoas eles também têm dias em que não têm apetite e isso não significa que tenham adoecido.

Se passarem um ou mesmo dois dias sem comer, não lhes faz mal nenhum e esse jejum até pode ser benéfico. Se a falta de apetite persistir, claro que é conveniente consultar o veterinário.

Outro cuidado a ter tem a ver com o excesso alimentar, especialmente se o cão tiver uma vida muito sedentária. Muita comida e pouco exercício é meio caminho andado para se tornar obeso, com as consequências prejudiciais daí resultantes.

Óleo na ração

Uma forma de o cão tolerar melhor a ração seca é temperá-la com um pouco de óleo ou de azeite. Os óleos mais aconselhados são o de milho, o de soja e o de peixe devido à presença do componente ómega3. Os óleos de milho ou de soja encontram-se facilmente à venda nas grandes superfícies no sector dos óleos e dos azeites. Em relação ao azeite não está comprovado se confere melhores ou mesmo iguais resultados aos óleos.

As vantagens do uso do óleo na ração seca são fundamentalmente duas: o cão come a ração com mais agrado e beneficia-lhe o pêlo.

A quantidade não deve ser excessiva. Deita-se um fio de óleo na ração tal como se temperam as batatas cozidas com azeite.

Guloseimas

Alimentação é uma coisa, guloseima é outra, embora ambas sejam de comer.

A guloseima é um produto natural ou fabricado que é do agrado do cão e que serve para o presentear. Seja num regime de aprendizagem como recompensa, ou muito simplesmente por gentileza do dono que quer ver o seu cão satisfeito.

Mas o excesso de guloseimas não é de todo aconselhável. Por vários motivos. O cão habitua-se à guloseima como alimento e depois vai fazer caretas à comida que se lhe põe à frente. Por outro lado, em situações de aprendizagem, a guloseima deixa de surtir efeito. Por outro lado, nas guloseimas fabricadas industrialmente estão concentrados determinados ingredientes em doses excessivas que, administrados em doses macissas ao cão, lhe vai causar problemas.

O dono deve estabelecer o equilíbrio e não ceder aos caprichos do cão, deixando-lhe criar vícios.

A guloseima “natural” é a mais garantida. O queijo ou o fiambre é uma solução, mas dados sempre moderadamente.

Ossos

Os ossos artificiais (enrolados de pele de vaca) não são propriamente uma guloseima. Quem lhes pega são os cachorros pela necessidade que têm de roer.

Os ossos naturais estão na fronteira entre a guloseima e a alimentação normal. Os ossos têm a vantagem de os entreter aliviamdo-lhes o stress, de lhes limpar os dentes, de lhes fornecer cálcio de forma natural e, finalmente, de lhes dar um enorme prazer.

Não é aconselhável dar ossos longos de aves, por exemplo de perú, porque ao partir estilhaçam em forma de farpas que podem perfurar o tubo digestivo.

Dar-lhes ossos naturais para roer uma vez por semana faz-lhes bem e é uma festa para eles.

Observações finais

Estas indicações não têm carácter exaustivo e servem de mera orientação.

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